28 de mai. de 2015

HAMBURGUER - ÍCONE DA GASTRONOMIA FAST-FOOD




O dia 28 de maio foi instituído como o “DIA INTERNACIONAL DO HAMBURGUER”.  Não me perguntem o porquê? Pois não saberia responder e penso que muito poucos sabem, de fato, a razão pela qual este dia foi instituído como dia desse bolinho de carne, que se tornou mundialmente conhecido como hambúrguer.



Existem muitas versões sobre a origem desse “bolinho de carne moída”. Alguns sugerem que essa iguaria teria sido criada na cidade alemã de Hamburgo, em meados do século XVII, de onde adviria a denominação “hamburg”.

Uma outra versão, não menos oficiosa, diz que essa origem remontaria ao século XIII, na Mongólia, quando os guerreiros tártaros picavam a carne crua e dura e a colocavam sob as selas dos cavalos durante as cavalgadas, tornando o alimento uma massa macia e fácil de mastigar.


No final do século XVII, tribos nômades da Ásia Ocidental desenvolveram técnicas de temperar essa carne bovina, finamente picada, com o objetivo de evitar que estragasse. Essa técnica teve uma boa aceitação, já que dispensava o manuseio do fogo nos acampamentos.



 E como teria ido parar na Alemanha? Bem, conta a lenda que marinheiros alemães, que faziam a rota do Mar Báltico, após conhecerem essa técnica de manuseio da carne, teriam levado a idéia para suas casas, introduzindo o prato em sua alimentação normal, porém cozinhando a carne, tornando-a um prato típico da culinária alemã.

Somente no século XIX a receita chegou aos Estados Unidos da América do Norte, trazido pelos hábitos alimentares dos alemães, que emigraram a partir da cidade de Hamburgo. No novo mundo a receita recebeu o nome de
 hamburg style steak (bife de estilo hamburguês), tranformando-o, ao longo do tempo, no maior ícone da cultura gastronômica dos EUA, o fast food.


Elaborado normalmente com um disco de carne bovina picada ou moída, que pode ser assada, grelhada ou frita, inserido entre duas metades de pão de formato esférico e boa proporção de miolo, leva como acompanhamento ingredientes indispensáveis como bacon defumado, rodelas de cebola, alface, tomate, ketchup, mostarda amarela e maionese.



A partir dessa fórmula básica foram criadas versões dessa iguaria, que recebeu apelidos, de acordo com os seus complementos: um exemplo é o cheeseburger (com queijo) que na década de vinte foi lançado por Louis Ballast, dono da lanchonete Humpty Dumpty, em Denver, no estado do Colorado e patenteado em 1935.


Para o mercado americano a carne do hambúrguer deve ter o sabor da carne, razão pela qual não deve levar nenhum tempero, admitindo-se, no entanto, alguns tipos de mix de carnes, para adicionar gordura ao steak. Para o cozimento deve-se utilizar a grelha ou quando muito a fritura na chapa, em fogo alto, para selar os poros e manter no interior da carne os sucos, que lhe darão sabor e textura inigualáveis.



Foi o restaurante Del Monico’s, de New York, que, em 1836, lançou o hambúrguer pela primeira como prato fixo no cardápio, no formato de sanduíche, entre duas fatias de pão. Com a Revolução Industrial, no século XIX, popularizaram-se os almoços rápidos para os trabalhadores das grandes cidades, e o hambúrguer despertou paixões gastronômicas como opção prática, porém sempre rotulado como alimento pobre em nutrientes e altamente calórico.

Considerado a refeição mais popular do planeta, o hambúrguer e suas versões são vendidos por grandes grupos multinacionais de
 fast food praticamente no mundo inteiro, independentemente de cultura e ideologias.

No Brasil o hambúrguer se tornou conhecido na década de 50, especificamente em 1952, quando o tenista norte-americano Robert Falkenburg, radicado no Brasil, fundou a primeira loja do que viria a se tornar a cadeia de lanchonetes Bob’s, próximo a praia de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro.


Nos anos seguintes as lanchonetes se tornaram point obrigatórios dos jovens, o que popularizou ainda mais o sanduíche, fazendo-o se tornar o símbolo máximo dos fast food tupiniquins.

Hoje no Brasil, o mercado de lanchonetes congrega não apenas as grandes redes multinacionais, que dominam o segmento, com centenas de lojas espalhadas pelas principais praças consumidoras, como com pequenas lanchonetes ou hamburguerias, que dividem harmoniosamente seus clientes nas cidades, os chamados “podrões”, na linguagem popular, que identifica aquelas lanchonetes, que servem a iguaria em suas diversas versões madrugada adentro.


 A principal rede de lanchonetes, que atua em quase todos os países do mundo é o McDonald’s, que só no Brasil vende sanduíches para cerca de quase dois milhões de brasileiros. A importância desse tipo de alimentação na cultura dos povos se tornou tão relevante que, em 1986, a conceituada revista inglesa The Economist criou o “índice Big Mac (o principal cheeseburguer vendido pela rede), como um indicador para avaliar o poder de compra das populações, citado costumeiramente em artigos de economia.

Atualmente o hambúrguer, embora ainda como sinônimo de uma culinária menos elaborada, altamente calórica e para consumo rápido, cultivado por muitos, somou um status de gourmet, com receitas aprimoradas por grandes chefes, muitas bem mais equilibradas e em versões light, utilizando variações de carnes saborosas e refinadas, ganhando lugar nos cardápios de grandes restaurantes, vencendo o velho preconceito de comida de segunda, que sempre o acompanhou.


Dicas para fazer um bom hambúrguer.

1.   Tenha muito critério na escolha da carne que vai utilizar. De preferência às carnes mais marmorizadas e mescle com uma carne mais magra, se você quer evitar a gordura. Use na proporção 80% carne magra e 20% carne mais gorda.

2.     Antes de colocar a carne na chapa ou na frigideira, faça uma leve depressão com o dedão no centro do hambúrguer (cerca de 0,5 cm por 200 gms de carne. Dessa forma a carne terá espaço suficiente para aquecer internamente, evitando rachar o steak e sorar o suco em seu interior.


Habúrguer ao creme de funghi (molho de 3 cogumelos)

Molho
  • 50 g shimeji
  • 50 g shitake
  • 50 g cogumelo Paris
  • 1 lata creme de leite
  • 45ml de shoyo
Hambúrguer
  • 70% Acém
  • 20% fraldinha
  • 10% toucinho
Modo de preparo
- Para o molho:
Cortar os cogumelos em lâminas (o único que se deve lavar é o Paris, o restante não deve ser lavado porque eles absorvem água).

Coloque um pouco de azeite na panela e deixe esquentar.

Adicione os três tipos de cogumelos na panela e deixe murcharem (eles vão perder água).

Em seguida coloque os 45 ml de shoyo e a lata de creme de leite.

Mexa e deixe o molho engrossar. Está pronto o molho.

- Para o Hambúrguer:

O hambúrguer ideal é feito com uma mistura das carnes indicadas, na exata proporção descrita. Se preferir pode diminuir a quantidade de toucinho. Nesse caso aumente o equivalente em fraldinha ou acém.

Moa as carnes juntas e molde os hambúrgueres. Deixe para acrescentar sal e pimenta do reino na hora de grelhar. Adicione um pouco de manteiga, com um pingo de azeite, para não queimar a manteiga, na frigideira, o que dará mais sabor a carne.

Sirva mal passado. Se for utilizar como sanduíche. Abra o pão ao meio, passe um pouco de maionese em uma das metades e sirva com alface e tomate. Acrescente outros ingredientes à sua vontade.

Esta é a receita básica, dê vazão à sua imaginação. Você pode substituir o molh a base de funghi por um delicoso chutney de bacon. 


OBS: Maionese caseira é feita com 2 gemas, mostarda e óleo batidas no liquidificador até dar o ponto.

Conta a lenda que a maionese foi criada na França em 1756, para comemorar a vitória no início da guerra dos Sete Anos contra a Inglaterra, quando da tomada do castelo de Saint Philip, localizado em Mahón.Daí a origem do nome “mahonnaise”.